Não tem nada pior do que acabar a pintura ou a instalação do novo revestimento da sua casa e, no dia seguinte, amanhecer com as paredes pichadas.

Problemas com pichadores atingem principalmente moradores de grandes cidades, seja casa, comércio ou prédio, ninguém está imune às ações de vandalismo.

O que fazer? Tintas e revestimentos convencionais se deterioram com facilidade e não estão preparados para agir contra as tintas de spray. Pintar a casa novamente ou mudar o revestimento também acaba sendo inviável.

A solução é muito simples: da próxima vez que for renovar as paredes e muros externos opte por revestimentos antipichação.

O que são as tintas ou revestimentos antipichação?

Revestimento TS Exterior, da Formica, possui tratamento antipichação e é resistente a temperaturas elevadas, variações climáticas, umidade e corrosão. (Foto: Tomas Kolisch. Projeto: arquiteta Patricia Anastassiadis)

Esses revestimentos tem com diferencial a possibilidade de, seja por meio de solventes, seja com a utilização de esponja abrasiva, água e sabão neutro, permitir a limpeza de pichações com tinta-spray.

Mais que isso, “eles mantém as características originais, sem danos ou alterações de textura e tonalidade” explica o arquiteto Ralph Hess Junqueira.

Revestimentos comuns, como remover grafitagem e pichação?

Revestimentos comuns podem ser limpos, mas perdem essas propriedades.

Além de não permitir a completa limpeza podem danificar as fachadas deixando marcas “nos revestimentos porosos ou rústicos isso é ainda pior, pois eles não possuem nenhuma camada de proteção (esmalte ou verniz)” explica o arquiteto Guilherme Sichler Suzan.

Mas nem tudo está perdido, caso suas paredes já tenham sido danificadas fique atento “depende muito do revestimento em si.

Alguns revestimentos como mármores, granitos, pedras, azulejos e pastilhas podem ser limpos com a ajuda de agentes químicos especiais com ação removedora, que propiciam um maior poder de limpeza e uma menor agressão ao material danificado que os produtos tradicionais.”

Esclarece Ralph e completa “O ideal é seguir as recomendações de cada fabricante que varia de caso a caso, quando o assunto é pichação, é tão normal e corriqueiro que as empresas disponibilizam instruções para cada produto.

É importante ser cauteloso quanto ao uso dos solventes que podem danificar de maneira irreversível as superfícies”.

Por isso, fique longe de receitas caseiras, elas podem não funcionar e comprometer a qualidade do revestimento.

Tintas Antipichação, abuse e use!

Se não conseguiu recuperar sua fachada, ou simplesmente vai aproveitar a reforma para se prevenir contra futuros atos de vandalismo, opções não faltam.

Linha Pertech Exterior de painéis compactos. Possui variedade de padrões e modulações para se adaptarem a diferentes projetos (residenciais, comerciais ou corporativos). Possui tecnologia antipichação e resistência a altas temperaturas, umidade, maresia e produtos químicos. (Crédito: Divulgação Pertech)

O mercado possui inúmeras opções de revestimentos antipichação, que vão desde tintas e vernizes até laminados, pastilhas e cerâmicos.

Os revestimentos/tintas/bases com essa tecnologia não exigem preparações específicas para sua instalação.

Alguns cuidados devem ser tomados, os mesmos que para produtos convencionais.

“Normalmente a limpeza do local com um maquina de jato d´água já prepara a superfície para receber tratamentos como tintas e vernizes encontrados no mercado.

Eles normalmente tem secagem rápida e pedem aplicação de em torno 2 demãos do produto para cada área protegida.” Explica Ralph.

Cuidado somente com os rejuntes “recomenda-se o uso de rejunte escuro, uma vez que o rejunte não possui essa proteção antipichação”, aconselha Suzan.

         Manutenção das tintas e revestimentos antipichação

Linha Antipichação da Tecnogrés. Acabamento brilhante ou acetinado e com bordas planas, disponível em 21 cores. Formato 10 x 10 cm. Resistente à ação de intempéries, sem gretar ou alterar sua cor original. (Crédito: Studio Quart)

O mesmo vale quanto à manutenção dos revestimentos. Deve-se sempre seguir as instruções do fabricante.

Laminados, pastilhas e cerâmicos na maioria das vezes não possuem nenhuma manutenção específica.

As tintas, vernizes e bases são ainda mais resistentes que as convencionais “como as outras tintas ou produtos de proteção de superfície qualquer, os antipichações requerem manutenção, que varia de acordo com o produto aplicado.

No entanto como esses produtos tem tecnologia avançada e, normalmente, características impermeabilizantes, resistem mais às intempéries do que os produtos comuns.” Completa Ralph.

Agora é só escolher o revestimento que mais se combine com o seu projeto e acabar definitivamente com as preocupações quanto às pichações